Ainda não sabe oque é Design de produto?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O design é um ramo da atividade humana bastante amplo, que engloba uma série de especializações, entre as quais podem ser citadas o design de produtos, a programação visual, o design de moda, e o design de interiores, entre outras. Estas especializações tanto podem apresentar-se de forma combinada, como no planejamento da identidade corporativa de uma empresa atuando no desenvolvimento dos produtos, das embalagens, da marca, da papelaria, dos uniformes, além da sinalização e do layout dos seus ambientes físicos, criando uma linguagem comum entre todos estes elementos quanto de forma isolada, como áreas independentes.

A história do design não se apresenta de forma única e uniforme nos diferentes países em que se desenvolveu, uma vez que as características de desenvolvimento sócio-econômicas e culturais de cada lugar imprimiram uma personalidade distinta aos profissionais ligados à esta área. Mas a tradição tem consolidado uma classificação, que aparece de forma constante nos debates ligados à atividade de projeto de produto e que dividem os designers em dois pólos: os que defendem o design como uma atividade predominantemente ligada à arte e os que defendem o design como uma atividade mais voltada às questões tecnológicas.

É certo que o design de produtos tem uma ligação com a dimensão artística, pois trabalha com formas, cores, materiais, imagens e mensagens (Redig, 1992). Contudo, é importante não confundir a natureza destas duas atividades. Conforme Pareyson (1984, p. 36), pode existir arte em toda atividade humana, desde que exista um lado inventivo e inovador como condição de sua realização.

É o que o autor chama de “fazer com arte”: “pode haver arte no mundo da técnica, onde o ‘fazer’ se especifica subordinando-se a um valor econômico, enquanto se trata de construir instrumentos, satisfazer necessidades, criar comodidades de vida: basta que a atividade que persegue esses valores de utilidade exija um exercício de formatividade, isso é, um fazer que seja, ao mesmo tempo, invenção do modo de fazer”. Ou seja, o processo criativo tão associado à prática artística também está presente no fazer tecnológico.

Munford, (1952, p. 20) caracteriza a arte como um domínio do indivíduo, cujo sentido é “... alargar o âmbito da personalidade, de forma que sentimentos, emoções, atitudes e valores, na forma individualizada especial em que surgem numa pessoa determinada e numa cultura determinada, possam ser transmitidos com toda a sua força e significado a outras pessoas ou a outras culturas”.

O atendimento de necessidades cada vez mais especificas das pessoas de uma sociedade ou de um país, passou a ser objeto de estudo e de interpretação do desenho industrial e de outros especialistas. Com as novas alianças de mercado, como o Mercosul e os grandes acordos como a unificação Européia, traçam uma nova política no cenário Mundial. A crescente preocupação com o meio ambiente, a busca pela melhoria da qualidade de vida, faz tornar diferente o pensamento da sociedade para uma mudança de critérios e atitudes.

Neste âmbito que o Design de produto, a partir dos anos noventa, vem sendo visto no mundo inteiro, como um fator importante e estratégico por parte de empresas, organizações e instituições governamentais

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